domingo, 9 de dezembro de 2007
Olga Praguer Coelho
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Otília Amorim
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Pepa Delgado
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Paquito
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Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano
Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano - Grupo formado por Nilo Amaro (Moisés Cardoso Neves) e um coro de vozes negras femininas e masculinas (um soprano, um mezzo soprano, um contralto, dois baixos, um tenor e três barítonos), com destaque para o baixo Noriel Vilela.
O conjunto fez muito sucesso na década de 1960. Seu repertório era composto de clássicos da música popular brasileira (sambas e sambas-canções) e do folclore, e de versões para o idioma português de spirituals dos negros americanos, sendo considerado o precursor da música gospel no Brasil. Um de seus maiores sucessos foi a gravação de Leva eu (Sodade)" ("Oh! Leva eu/ Minha saudade/ Que eu também quero ir...").
Lançaram dois LPs pela Odeon (1961 e 1963), reeditados, em 2000, na coletânea Seleção de Ouro - 20 Sucessos - Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano, contendo as faixas Uirapuru (Murillo Latini e Jacobina), Leva eu sodade (Alventino Cavalcanti e Tito Neto), Suas mãos (Pernambuco e Antônio Maria), A lenda do Abaeté (Dorival Caymmi), Azulão (Jayme Ovalle e Manuel Bandeira), Minha graúna (Avarese e Tito Neto), Dorinha (Ary Monteiro e Tito Neto), Tammy (Jay Livingston e Ray Evans), Fiz a cama na varanda (Ovídio Chaves e Dilu Melo), "Down by the riverside", Greenfields (Terry Gilkyson, Richard Deher, Romeo Nunes e Frank Miller), Vaqueiro prevenido (Jacobina e Manoel Macedo), Ellie Lou (You left me there in Charleston) (Sigmam, Loose, Olias e Romeo Nunes), Canção de ninar meu bem (Gracindo Junior e Bidu Reis), A lenda do Rio Amazonas (Jairo Aguiar), Urutau (Murillo Latini e Jacobina), Eu e você (Roberto Muniz e Jairo Aguiar), Devaneio (Djalma Ferreira e Luiz Antônio), Boa noite (Francisco J. Silva e Isa M. da Silva), Nobody knows the trouble I've seen (Nat King Cole e Gordon Jenkins).
Nilo Amaro faleceu em Goiânia, aos 76 anos, no dia 18 de abril de 2004.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
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Quarteto em Cy
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Quatro Ases e um Coringa
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Laurindo de Almeida
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Ascendino Lisboa
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Paulo Borges
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Guinga
Guinga (Carlos Althier de Sousa Lemos Escobar), violonista, compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 10/6/1950. Dentista de profissão, iniciou a carreira no II FIC, em 1967. Foi lançado como compositor pelo conjunto MPB-4, em 1973, com duas gravações: Conversa com o coração e Maldição de Ravel, ambas em parceria com Paulo César Pinheiro.
Como violonista, participou de numerosas gravações nas décadas de 1970 e 1980, tendo acompanhado Cartola na primeira gravação de As rosas não falam. Em 1989 estreou seu primeiro show ao lado de Paulo César Pinheiro e Ithamara Koorax, no bar Vou Vivendo, em São Paulo SP.
Em 1991 gravou seu primeiro disco, Simples e absurdo (Velas), com participações de Chico Buarque, Leny Andrade e Leila Pinheiro, entre outros. Seu segundo disco, Delírio carioca (1993, Velas), contou com interpretações de Djavan, Fátima Guedes e Leila Pinheiro, além do próprio compositor.
Suas músicas têm sido gravadas por grandes nomes: Bolero de Satã (com Paulo César Pinheiro), por Elis Regina e Cauby Peixoto; Catavento e girassol (com Aldir Blanc), por Leila Pinheiro; Esconjuros (com Aldir Blanc), por Sérgio Mendes; e cinco instrumentais pelo violonista Turíbio Santos no disco Fantasias brasileiras.
Em 1996 lançou o CD Cheio de dedos, que recebeu três prêmios Sharp. Nesse trabalho, principalmente instrumental, destacam-se os choros Cheio de dedos, Picotado e Nó na garganta, o baião Dá o pé, louro, a salsa Me gusta a lagosta, além de três faixas cantadas: Blanchiana, com vocalise do próprio compositor, Impressionados (com Aldir Blanc), interpretada por Chico Buarque, e Ária de opereta (com Aldir Blanc), por Ed Mota.
CDs: Simples e absurdo, 1991, Velas 1 1-VOOl; Cheio de dedos, 1996, Velas 11-V199.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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Geraldo Vespar
Geraldo Vespar (Manuel Geraldo Vespar), instrumentista, arranjador e compositor, nasceu em Quixadá CE em 9/11/1937. Estudou teoria e solfejo com Geraldo Amaral (em Goiás), composição e orquestração com Paulo Silva, harmonia e contraponto com Moacir Santos, composição e regência na E.M.U.F.R.J. e fez o curso de harmonia e instrumentação da Berklee School of Music, de Boston, E.U.A.
Começou a carreira em 1952, acompanhando calouros da Rádio Anhangüera, de Goiânia GO, e em 1958 transferiu-se para o Rio de Janeiro, atuando, de 1959 a 1963, como guitarrista em boate; e em 1963 e 1964, com Astor e sua orquestra e com Moacir Silva e seu conjunto.
Realizou sua primeira gravação com Radamés Gnattali, num disco de historietas infantis da Continental; com o pseudônimo de Delano, participou de um disco de guitarra e orquestra (Copacabana) e, com Gerald, da gravação do LP I Love Paris (Continental).
Em 1964, já com o nome de Geraldo Vespar, gravou Take Five, e, em 1965, com a gravação de Samba nova geração, recebeu o prêmio-revelação O Guarani. Em 1966, além de gravar Só vou nas quentes, atuou no conjunto de Peter Thomas e, em 1967, com Chiquinho do Acordeom. Neste ano, fez com Sílvio César a trilha sonora do filme Mineirinho vivo ou morto, dirigido por Aurélio Teixeira.
De 1964 a 1967 integrou também a orquestra da TV Excelsior, regida pelo maestro Zacarias; em 1968 foi para a TV Tupi, como solista e arranjador da orquestra do maestro Cipó, onde ficou até 1973 e com o qual trabalhou ainda como solista num sexteto dejazz. Durante o período em que participou da orquestra de Paul Mauriat (1973 a 1975) como solista e arranjador, gravou o LP Brasil romântico (1974), lançado inicialmente no Japão.
Excursionou com Elza Soares pelo México e E.U.A., e com a Grand Orchestre, de Paul Mauriat, pela França, Países Baixos, Coréia, Grã-Bretanha e Japão. Na década de 1980 continuou tocando com a orquestra de Paul Mauriat.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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Airto Moreira
Airto Moreira (Aírton Guimorvan Moreira), instrumentista e compositor, nasceu em Itaiópolis SC em 5/8/1941. Com seis anos de idade entrou para a Rádio Ponta-Grossense, de Ponta Grossa PR, como cantor, estudando em seguida piano, violino e bandolim como bolsista da academia de música da cidade.
Em 1954 tornou-se profissional, contratado pelo conjunto Jazz Estrela, seguindo dois anos depois para Curitiba PR, onde trabalhou como crooner de boate. Em 1958 trabalhou nas boates das docas de Santos SP, mudando-se depois para São Paulo SP, onde foi contratado como percussionista de Guimarães e seu Conjunto, ao mesmo tempo atuando como cantor e baterista numa boate.
Em 1962 integrou como baterista, o então organizado conjunto Sambalanço Trio, ao lado de César Camargo Mariano (pianista) e Humberto Claiber (baixista). Com esse trio estreou no Juão Sebastião Bar, gravou três discos e realizou shows com Lennie Dale, no Teatro Arena, de São Paulo, em 1963, e depois na boate ZumZum, no Rio de Janeiro RJ. Com Aluísio ao piano, integrou o Sambossa Trio, gravando um disco com o conjunto.
Em 1966, com Tuca, defendeu Porta-estandarte (Geraldo Vandré e Fernando Lona), no FNMP, da TV Excelsior, de São Paulo. Como percussionista, tomou parte ainda no Quarteto Novo, com Heraldo (viola e guitarra), Teo de Barros (contrabaixo e violão) e Hermeto Pascoal (flauta).
Em 1967 gravou um LP na Odeon e fez com Edu Lobo o arranjo para a música Ponteio, para o III FMPB, da TV Record, de São Paulo, atuando mais algum tempo nessa emissora, até sua viagem aos Estados Unidos. Sem trabalho, o começo de sua carreira nesse país foi difícil, até que foi convidado a gravar com Miles Davis e passou a integrar o seu conjunto.
Em 1970 já havia gravado o disco Natural Feelings, pela Buddah Records, e no ano seguinte gravava, com Miles Davis, Miles Davis at Fillmore. Saindo do conjunto de Miles Davis, ficou dois anos com Chick Corea no conjunto Return to Forever e formou em seguida seu próprio conjunto, Fingers.
Seu estilo único influenciou os caminhos do jazz moderno, levando a revista norte-americana Downbeat a incluir a categoria Melhor Percussionista do Ano em suas enquetes aos leitores e crítica especializada, vencida por ele mais de 20 vezes desde 1973.
Em 1973 gravou dois LPs Free e Fingers, e, dissolvendo no ano seguinte o conjunto, apresentou-se sozinho, tocando vários instrumentos de percussão. Em maio de 1975 formou novo conjunto com Egberto Gismonti, Raulzinho (Raul de Sousa), no trombone, Ted Lô, no órgão, sintetizador e violino elétrico, Robertinho (Roberto Silva), na bateria e percussão, John Williams, no contrabaixo elétrico e acústico, e Davi Amaro, na guitarra, violão acústico e viola de 12 cordas, assinando contrato com a Arista Records.
Casado com a cantora Flora Purim (Rio de Janeiro RJ 6/3/1942—), desde a década de 1970 tornou-se um dos percussionistas mais requisitados nos EUA. Trabalhou com Quincy Jones, Herbie Hancock e Paul Simon; participou de trilhas sonoras de filmes (O exorcista, O último tango, Apocalypse Now), viajou pela Europa, América Latina, Japão e EUA, dando cursos e palestras em universidades e escolas de música, além de seus shows.
Na década de 1990 tem-se apresentado sozinho, com Flora Purim e com novo conjunto, o Fourth World, integrado por Flora, José Neto, Gary Brown e Jovino Santos, com o qual gravou dois álbuns: Fourth World e Encounters of the Fourth World.
Desde 1994 este conjunto excursiona pelo mundo, apresentando com sucesso uma mistura de bossa nova, samba e jazz, classificada por Airto como world music. Seu interesse por world music e por dance music surgiu em meados dos anos de 1990, abrindo novo mercado para suas produções a partir do remix (arranjos com ritmo tecno para dance music) de suas composições ou de música regional do Brasil (trabalhos com a Banda de Pífanos de Caruaru, Mestre Salustiano e seu Grupo, Maracatu Nação Erê, os três de Recife PE) ou de outros países como Marrocos, Quênia e África do Sul, dos quais já fez a produção de grupos musicais para a gravadora inglesa Melt 2.000.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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Helena de Carvalho
Helena de Carvalho (Helena Pinto de Carvalho) nasceu em São Paulo/SP em 1909 e faleceu na mesma cidade em 5/12/1937. Foi funcionária pública, tendo trabalhado na Secretaria das Municipalidades de São Paulo.
Começou a carreira em 1929 cantando no rádio. Em 1930, gravou seu primeiro disco, pela Victor, cantando o samba-canção Teus olhos me contam tudo (G. Viotti, XYZ e J. Canuto) e o samba Morena cor de canela (Ari Kerner V. de Castro).
No mesmo ano, gravou de Chiquinha Gonzaga e Viriato Corrêa o samba-canção Fogo foguinho, e as canções Sou morena e Chinelinha do meu amor, músicas lançadas em CD pela gravadora Revivendo no álbum duplo Chiquinha Gonzaga - A Maestrina.
Em 1931 participous do filme Coisas nossas, o primeiro filme sonoro produzido no Brasil, atuando ao lado de Stefana de Macedo, Zezé Lara, Batista Jr, Procópio Ferreira e outros nomes da época.
Entre outras rádios, atuou na Rádio Cultura de São Paulo, cantando três vezes por semana. Gravou um total de seis discos com 12 músicas pela Victor e Columbia. Faleceu precocemente, aos 28 anos de idade, de um ataque cardíaco em sua casa em São Paulo.
Fonte: Cantoras do Brasil - Helena de Carvalho
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Elsie Houston
Elsie Houston (Elsie Houston-Péret), soprano, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 22/4/1902 e faleceu em Nova York, EUA, em 20/2/1943. Estudou no Rio de Janeiro com Stella Parodi e na Alemanha, em 1923, com Lilli Lehmann (1848—1929).
Em 1922 conheceu Luciano Gallet, daí surgindo seu interesse pelas canções folclóricas harmonizadas. Desse autor criou, em primeiras audições, Ai, que coração (1924), A perdiz piou no campo (1924), Fotorototó (1924), Bambalelê (1925), Taleiras (1925) e Arrazoar (1925).
Em 1924 estreou em Paris, França, como camerista. Foi aluna de Ninon Vallin (1886—1961) em 1925, em Buenos Aires, Argentina, e em 1927, em Paris. Nesse mesmo ano conheceu Mário de Andrade e recolheu temas do folclore nordestino.
Ainda em 1927 participou, com Tomás Terán, Artur Rubinstein (1886—1982) e Alma van Barentzen, do primeiro concerto de Heitor Villa-Lobos na Maison Gaveaux, em Paris, França.
Realizou excursões artísticas pela Europa e Américas. Escreveu o ensaio “La musique, la danse et les cérémonies populaires du Brésil” in Art populaire, travaux artistiques et scientifiques do 1 Congresso Internacional das Artes Populares (Praga, 1928), Paris, 1931, tomo II, e Chants populaires du Brésíl, 1 série, com prefácio de Philippe Stern, Paris, 1930.
No Brasil, gravou 25 músicas na Columbia, em 1930, entre elas O barão da Bahia, Cadê minha pomba rola e Tristeza; em 1932 gravou outras duas músicas na Victor.
Gravou três discos pela RCA Victor em 1941. Foi casada com o poeta francês Benjamin Péret.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora
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Neide Martins
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Júlia Martins
Júlia Martins (circa 1890, Rio de Janeiro, RJ - circa 1936, Rio de Janeiro, RJ), cantora e atriz do teatro de revista, foi uma das pioneiras nas gravações de discos no Brasil. Foi foi contratada pela Victor Record em 1912, estreando em discos cantando em duetos com o intérprete João Barros.
Em 1913, foi contratada pela Odeon. Em janeiro desse ano gravou em dueto com Eduardo das Neves A cocote e o marchante, do próprio Eduardo das Neves. Em seguida, gravou a canção Caraboo, composição do norte americano Sam Marshal e que fez enorme sucesso na versão de M. Albuquerque no carnaval do ano anterior. No mesmo ano, gravou o lundu A flor da pitangueira, música que cantava na revista República do amor, um destaque de seu repertório teatral.
Também em 1913, gravou com o cantor Bahiano, os duetos A vassourinha (Felipe Duarte e Luiz Filgueira), e O engraxate (B. Esfolado), O retrato e a flor, e A cigana e o feiticeiro, de autores desconhecidos, e de autoria do próprio Bahiano as faixas Cidade Nova e Saco do Alferes, Ai que gostos, e O vagabundo e a mulata. Também gravou A viola está magoada, que contou com acompanhamento do Grupo da Casa Edison e que aparece no selo com a denominação de "samba", quatro anos antes da gravação de Pelo telefone, que ficou consagrada como o primeiro samba gravado, talvez pelo sucesso maior.
Ainda desse ano, é sua gravação da cançoneta A mulatinha, de Chiquinha Gonzaga e Patrocínio Filho, e com Eduardo das Neves, o batuque sertanejo Caboca di Caxangá, de Catulo da Paixão Cearense, que caracterizou pela primeira vez uma composição designada como de cunho regional. Ainda em 1913, atuou na revista Chegou o Neves, juntamente com Ciniro Polônio, Brandão Velho, e Mercedes Vila. Foi nessa revista, que Pixinguinha, então com apenas 16 anos estreou nos palcos.
Por volta de 1914, gravou em dueto com o tenor Tomaz de Souza A vassourinha, de Felipe Duarte e Luiz Filgueira. Gravou um total de vinte discos.
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Virgínia Lane
Virgínia Lane (Virgínia Giacone), cantora e vedete, nasceu em 28/2/1920 no Rio de Janeiro, RJ. Foi interna do Colégio Regina Coeli, dos seis aos 14 anos. Estudou, em seguida, no Instituto Lafayette (famoso colégio situado no bairro carioca de Botafogo), chegando depois a cursar o primeiro ano de Direito. Estudou um período com Maria Olenewa na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1943, iniciou sua carreira, trabalhando como corista do Cassino da Urca. Por intermédio do maestro Vicente Paiva, tornou-se "crooner" de sua orquestra e, além de atuar no Cassino, passou a se apresentar na Rádio Mayrink Veiga.
Em 1945, depois de apresentações na Rádio Splendid e na boate Tabaris, de Buenos Aires, fixou residência na capital argentina por três anos. Em 1946 lançou pela Continental, seu primeiro disco interpretando a marcha Maria Rosa, de Oscar Bellandi e Dias da Cruz e o samba Amei demais, de Ciro de Souza e J. M. da Silva.
Quando voltou ao Brasil, em 1948, atuou como vedete na revista Um milhão de mulheres, de Chianca de Garcia, encenada no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. A revista rendeu-lhe muito sucesso, o que lhe possibilitou um contrato com a companhia de Walter Pinto, no qual trabalhou por quatro anos em espetáculos no Teatro Recreio.
Em 1951, lançou seu grande sucesso, a marchinha Sassaricando, de Luís Antônio, Zé Mário, pseudônimo de Jota Júnior e Oldemar Magalhães, cantada por ela na revista Eu quero sassaricá, de Luís Iglesias e Freire Júnior, e gravada pela Todamérica em novembro de 1951. A música foi feita de encomenda para a revista Jabaculê de penacho, produzida por Walter Pinto que, adorando o tema, resolveu trocar o nome da revista. O sucesso foi tanto, que a música acabou criando a expressão maliciosa "sassaricar".
A partir de 1952, trabalhou no Teatro Carlos Gomes. No mesmo ano, gravou as marchas Santo Antônio casamenteiro, de Antônio Almeida e Alberto Ribeiro e Balão, de Luiz Antônio. Foi eleita Rainha das Atrizes, pela Casa dos Artistas. Destacou-se em programas da TV Tupi (Espetáculos Tonelux) na década de 1950.
Em 1953, fez sucesso com a marcha Zé Corneteiro, de Lalá Araújo. Em 1954, gravou com sucesso a Marcha do fiu-fiu, que ela assinou com Nelson Castro e Marcha da pipoca, de Luiz Bandeira e Arsênio de Carvalho, de sentido malicioso ou de duplo sentido.
Em 1955 lançou o maxixe No balaio de sinhá, de Arsênio de Carvalho; o samba Portão da casa do Juca, de Rubens Silva e Loé Moulin e Chorinho gostoso, de sua autoria. Em 1956, gravou os cha-cha-chas Aprenda o cha-cha-cha, de C. Garcia e Hello e Um beijinho por telefone, de M. Perdomo, ambos com versão de Alberto Ribeiro.
Em 1957, gravou as marchas É baba de quiabo, de sua parceria com Arsênio de Carvalho e Madame sapeca, de José Roberto e José Batista. Em 1958, gravou Lanterninhas multicores, marcha de sua autoria; Santo Antônio vai me abençoar, baião de Nelson Castro e José Batista e Que palhaço, marcha de sua parceria com William Duba.
Gravou 24 discos em 78 rpm, um pela Continental e os outros pela Todamérica, principalmente com marchinhas de temas maliciosos ou humorísticos, apesar de ter gravado sambas também.
Em 1960, gravou dois discos pela etiqueta Carroussel, incluindo as marchas Meu América, campeão carioca de futebol daquele ano, de Nelson Castro e Marcha da vitória, de Hélio Nascimento, Mirabeau e J. Gonçalves.
No início do ano 2000, continuava a se apresentar em bailes populares de carnaval, na Cinelândia no Rio de Janeiro, com grande agrado do público. Foi uma das artistas de maior prestígio no governo de Getúlio Vargas que, além de ser seu fã, conta-se, chegou a ter um romance com ela.
Fonte: Cantoras do Brasil - Virgínia Lane
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