terça-feira, 11 de dezembro de 2007

J. B. de Carvalho

J. B. de Carvalho (João Paulo Batista de Carvalho), cantor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 24/12/1901 e faleceu em 24/8/1979. Iniciou carreira artística em 1931, na extinta Rádio Cajuti, liderando o Conjunto Tupi, que interpretava corimás, músicas cantadas durante os rituais de macumba.
No repertório do grupo estava incluído o seu batuque Cadê Viramundo, depois gravado com sucesso pelo próprio conjunto e mais tarde por Xavier Cugat. O Conjunto Tupi foi um dos primeiros a ter programa de umbanda em rádio, durante muitos anos, além de realizar inúmeras gravações na Odeon.
O grupo se apresentou na maior parte das emissoras cariocas, sendo freqüentemente interrompido pela polícia, que invadia os auditórios de seus programas, quando as pessoas entravam em transe ao ouvir os pontos de macumba e orações. Foi preso inúmeras vezes, sempre dizendo que saia livre graças a sua amizade com Getúlio Vargas.
Em 1937 obteve grande êxito no Carnaval com o samba Falso amor (com Osvaldo Silva), gravando com sucesso, na Odeon, a batucada Poeira (J. Santos e Abigail Moura), em 1940, e a marcha Pó de mico (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira), em 1941.
Ainda na Odeon, gravou com Eladir Porto o batuque africano Ponto do caboclo Rompe-Mato (com Nelson Trigueiro), em 1941, além das macumbas Pai Xangô (com E. Silva e H. Almeida) e São Jorge Guerreiro (Amado Régis), lançados em 1943, com acompanhamento de Garoto e seu conjunto.
Afastado do rádio em fins da década de 1960, reapareceu em 1971, na Rádio Carioca, com A Carioca dos Terreiros, programa de grande audiência e popularidade, realizado por ele com a colaboração do locutor Moreira e de seu filho, J. B. Júnior, pandeirista e compositor da Portela.
Conhecido também como O Batuqueiro Famoso, gravou alguns dos maiores sambas cariocas, como Juro (Milton de Oliveira e Haroldo Lobo), em 1937, Só um novo amor (Max Bulhões) e Foste embora (Djalma Esteves, Raul Resende e Carlos de Almeida), ambas em 1938.
A partir de fins da década de 1960 passou a gravar uma série de LPs de pontos de macumba e outras musicas de terreiro, muito vendidos em casas de artigos de umbanda de todo o Brasil.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

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