sábado, 17 de novembro de 2007

Danilo Caymmi

Danilo Caymmi (Danilo Cândido Tostes Caymmi), instrumentista, compositor e cantor nasceu no Rio de Janeiro RJ em 7/3/1948. Filho de Dorival Caymmi e da ex-cantora Stella Maris (Adelaide Tostes Caymmi), começou a estudar flauta com Lenir Siqueira, aos 15 anos, época em que também aprendeu a tocar violão com o irmão Dori.
Depois, cursou música na Pró-Arte, do Rio de Janeiro, com as professsoras Odete Ernest Dias (flauta) e Felicia Wang (teoria musical). Sua primeira composição gravada foi De brincadeira, em 1967, num disco de Mário Castro-Neves.
Como flautista, tocou ao lado do pai no LP Caymmi visita Tom (Elenco). Sua canção Andança (com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós) obteve o terceiro lugar no III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, em 1968; e em 1969 foi o vencedor do festival de Juiz de Fora MG com Casaco marrom (com Renato Correia e Gutemberg Guarabira). Descontente com problemas de direitos autorais, gravou pouco, preferindo trabalhar em shows com a família e Edu Lobo.
Gravou na Odeon, em 1973, disco em que canta as próprias composições, com participação de Toninho Horta, Novelli e Beto Guedes. No ano seguinte, ao lado do pai e irmãos, apresentou-se em shows durante a Feira da Bahia, no Anhembi, em São Paulo.
Em 1983 passou a integrar a banda de Tom Jobim, participando da maioria dos arranjos. Em 1989, convidado pelo produtor Mariozinho Rocha, começou a compor para séries, minisséries e novelas da TV Globo, como Riacho Doce, Teresa Batista, Corpo e Alma, Mulheres de Areia e outras.
No início da década de 1990, continuou sua carreira de cantor, gravando na RGE em 1993. Um ano depois passou para a EMI, onde gravou três CDs Danilo Caymmi (1994), Sol moreno (1995) e Mistura brasileira (1997).
Obras: Andança (c/Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), 1968; Brasil nativo (c/Paulo César Pinheiro), 1985; Casaco marrom (c/Renato Correia e Gutemberg Guarabira), 1968; Meu menino (c/Ana Terra), 1974; O que é o amor (c/Dudu Falcão), 1993; Vamos falar de Tereza (c/Dorival Caymmi), 1994.
CDs: Sol moreno, 1995, EMI 8357912; Mistura brasileira, 1997, EMI 8574822.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora PubliFolha.

Dori Caymmi

Dori Caymmi (Dorival Tostes Caymmi), compositor, arranjador, instrumentista e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 26/8/1943. Filho do cantor e compositor Dorival Caymmi e da ex-cantora Stella Maris (Adelaide Tostes Caymmi), estudou piano dos oito aos 11 anos, inicialmente com Lúcia Branco e depois com Nise Poggi Obino.
Nesse período, estudou também teoria musical no Conservatório Lorenzo Fernandez e, mais tarde, harmonia com Paulo Silva e Moacir Santos. Seu primeiro trabalho como profissional foi acompanhar ao piano sua irmã Nana Caymmi, em 1959. Um ano depois trabalhou com o Grupo dos Sete, que fazia trilhas sonoras para peças apresentadas pela televisão.
Foi diretor musical da peça Opinião, encenada no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro, em 1964, e da montagem carioca de Arena conta Zumbi, em 1966. De 1964 a 1966 trabalhou para a gravadora Philips, na produção de discos de artistas como Edu Lobo, Eumir Deodato e Nara Leão.
Como violonista e arranjador apresentou-se, em 1965, com Francis Hime em show da boate carioca Bottle’s. No ano seguinte, participou de espetáculo no Teatro de Bolso, com Francis Hime, Vanda Sá e Vinícius de Moraes.
Em parceria com Nelson Mota, participou de vários festivais de música realizados no Brasil. Ainda em 1966, venceram a parte nacional e ficaram em segundo lugar na parte internacional do 1 FIC, da TV-Rio, do Rio de Janeiro, com a música Saveiros, interpretada por Nana Caymmi. No ano seguinte classificaram-se em nono lugar no II FIC, da TV Globo, com Cantiga, cantada pelo MPB-4, conseguindo também colocação entre os dez primeiros no III FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, com a música O cantador, defendida por Elis Regina, um dos maiores sucessos da parceria, gravada no exterior por Sérgio Mendes e Carmen Mc Rae.
Outros êxitos da dupla, nessa época, foram De onde vens, gravada por Elis Regina e Nara Leão, e Festa, gravada por Jair Rodrigues, Elis Regina e Sérgio Mendes.
Como violonista e arranjador, integrou o sexteto do saxofonista Paul Winter, com quem excursionou pelos EUA e Canadá. Foi o responsável, em 1967, pela direção musical do primeiro LP de Caetano Veloso e Gal Costa, Domingo, e do de Gilberto Gil.
Fez trilhas sonoras para filmes, entre eles Casa assassinada, do diretor Paulo César Sarraceni, 1971, contando com a parceria de Tom Jobim; Tati, a garota, de Bruno Barreto, em 1973, trabalhando com Paulo César Pinheiro; e O duelo, de Paulo Tiago, em 1974.
Trabalhou também na TV Globo, fazendo a trilha sonora da novela Gabriela (1975), entre outras. Radicado em Los Angeles, E.U.A., desde 1989, em setembro de 1997 esteve no Rio de Janeiro para compor, orquestrar e gravar a trilha sonora de Bela Donna, filme de Fábio Barreto.
Em Los Angeles grava com Qwest, que pertence a Quincy Jones, tendo sido indicado para receber o Grammy.
Obras: O cantador (c/Nelson Mota), 1967; Cantiga, 1967; De onde vens (c/Nelson Mota), s.d.; Saveiros (c/Nelson Mota), 1966.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Mário de Andrade

Mário de Andrade (Mário Raul de Morais Andrade). Poeta, escritor, musicólogo, folclorista, crítico, jornalista. São Paulo SP 9/10/1893—id. 25/2/1945. Filho de Carlos Augusto de Andrade e de Maria Luísa de Morais Andrade fez estudos secundários no Ginásio do Carmo, dos irmãos maristas, em São Paulo.

Em 1911, matriculou-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo nos cursos de música, piano e canto, diplomando-se em 1917. Publicou os primeiros ensaios de crítica de arte em jornais e revistas, e seu primeiro livro, Há uma gota de sangue em cada poema (São Paulo, 1917). Foi o início de uma atividade intelectual das mais vigorosas da história literária e artística do país.

Em 1922 tornou-se professor de história da música e de estética musical do conservatório onde se diplomara e publicou Paulicéia desvairada, obra pioneira da poesia modernista do Brasil. A crítica conservadora cobriu o livro e seu autor de insultos e ápodos, ressalvando-se, entretanto, os pronunciamentos de Amadeu Amaral e João Ribeiro, que demonstraram compreensão para o “movimento modernista” que se iniciava e que culminou com a realização da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal, de São Paulo, em fevereiro de 1922, e da qual terá sido, possivelmente, a figura principal.

Em 1924 assumiu no conservatório a cátedra de história da música e de piano. Somente depois de ter publicado algumas Obras de literatura — poesia, prosa e crítica — voltou-se para a música, com uma série de Obras em que fixou as bases teóricas para a formação de uma consciência musical brasileira. Com o Ensaio sobre a música brasileira (São Paulo, 1928) esboçou os rumos para a sistematização dos estudos musicológicos no Brasil.

No ano seguinte publicou o Compêndio de história da música (São Paulo, 1929), depois reescrito e reintitulado Pequena história da música (São Paulo, 1942), e a seguir Modinhas imperiais (São Paulo, 1930), antologia de peças do século XIX, precedida de um prólogo e de notas bibliográficas em que aborda em profundidade a história da modinha brasileira de salão. Em Música, doce música (São Paulo, 1933) reuniu escritos, conferências e crítica.

Em 1935 foi nomeado pelo prefeito Fábio Prado para a direção do então criado Departamento de Cultura, da prefeitura de São Paulo. Teve nesse encargo a colaboração de Paulo Duarte, que o indicara ao prefeito. Criou os parques infantis, a Discoteca Pública Municipal, e, para incentivar o cultivo da música, empregou recursos oficiais na criação da Orquestra Sinfônica de São Paulo, do Quarteto Haydn (depois Quarteto Municipal), do Coral Paulistano e de um Coral Popular.

Desligou-se do Departamento de Cultura em 1936 e assumiu, no Rio de Janeiro, o Instituto de Artes, da Universidade do Distrito Federal, onde também passou a reger a cátedra de filosofia e história da arte. Desse ano é o ensaio A música e a canção populares no Brasil, editado pelo Serviço de Cooperação Intelectual do Ministério das Relações Exteriores, e depois incluído no volume VI das Obras completas.

Ainda em 1936 efetuou o tombamento dos monumentos históricos paulistas para o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que ajudara a projetar. Em 1937 fundou a Sociedade de Etnografia e Folclore de São Paulo e foi um dos organizadores do I Congresso da Língua Nacional Cantada, cujos trabalhos constam dos Anais publicados em 1938 pelo Departamento de Cultura da prefeitura de São Paulo.

Em 1939, com a extinção da Universidade do Distrito Federal, passou a trabalhar no Serviço (hoje Instituto) do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Elaborou, na época, o projeto de uma Enciclopédia Brasileira, nunca materializado.

Em 1940 o Instituto Brasil - Estados Unidos publicou sua conferência A expressão musical dos Estados Unidos, incluída no volume VII das Obras completas. Retornou a São Paulo em 1941, onde passou a ser assessor técnico da seção paulista do IPHAN e reassumiu a cátedra de história da música no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Nesse ano a Editora Guaíra, de Curitiba PR, lançou seu livro Música do Brasil, contendo estudos sobre história e folclore, incluídos nos volumes XI e XVIII das Obras completas.

Foi uma das inteligências mais construtivas do Brasil e sua obra atesta uma atividade intelectual e artística que se desdobram em setores dos mais variados aspectos, como a questão da língua nacional e os problemas fonéticos do canto erudito e da declamação lírica em vernáculo. Suas contribuições para o desenvolvimento da música no Brasil seriam depois enaltecidas por Camargo Guarnieri e Francisco Mignone, entre muitíssimos outros.

Influenciou por todo o país o trabalho de pesquisa do folclore musical, em particular o de Frutuoso Viana e o de Luciano Gallet (reuniu as pesquisas deste último em Estudos de folclore, Rio de Janeiro, 1934, para o qual escreveu um ensaio histórico e critico).

Em fevereiro de 1970 a Biblioteca Municipal Mário de Andrade dedicou-lhe número especial de seu Boletim bibliográfico, contendo, além de estudos, uma “Cronologia geral da obra de Mário de Andrade”. Inúmeros trabalhos e escritos seus publicados em revistas e jornais foram incorporados às suas Obras completas, cuja publicação, iniciada em 1944 pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, compreende 20 volumes, dos quais os volumes XIII (Música de feitiçaria no Brasil, 1963) e XVIII (Danças dramáticas do Brasil, 3 tomos, 1959) foram organizados por Oneyda Alvarenga (sistematização geral, introdução e notas).

Dos demais volumes relacionados com música e folclore brasileiros citem-se: VI — Ensaio sobre a música brasileira (Ensaio sobre a música brasileira; A música e a canção populares no Brasil), 1962; VII — Música, doce música (Música doce música; A expressão musical nos Estados Unidos), organizado por Oneyda Alvarenga, 1963; VII — Pequena história da música, 1942; IX — Namoros com a medicina (Terapêutica musical; Medicina dos excretos), s.d.; XI — Aspectos da música brasileira (Evolução social da música no Brasil; Os compositores e a língua nacional; A pronúncia cantada e o problema nasal brasileiro através dos discos; O samba rural paulista; Cultura musical), 1965; XVI — Padre Jesuíno do Monte Carmelo, 1963; Modinhas imperiais, 1964.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Nelson Mota

Nelson Mota (Nelson Cândido Mota Filho), compositor, nasceu em São Paulo SP em 29/10/1944. Fez estudos no Rio de Janeiro, para onde se mudou com a família aos seis anos. Chegou a cursar a Faculdade de Direito e a Escola Superior de Desenho Industrial.

Aos 20 anos ligou-se ao pessoal da bossa nova, amigo de compositores de sucesso como Edu Lobo, Francis Hime, Luís Eça, Sérgio Mendes e Dori Caymmi. Nessa época trabalhava como jornalista no Jornal do Brasil.

Em 1966 classificou em primeiro lugar, na fase nacional do 1 FIC, da TV-Rio do Rio de Janeiro, a composição Saveiros (com Dori Caymmi). Foi então convidado por Flávio Cavalcanti para integrar o júri do programa Um Instante, Maestro, o que lhe valeu grande popularidade.

Em 1967, inscreveu no III FMPB, da TV Record, de São Paulo, a composição O cantador (com Dori Caymmi), que se tornou outro grande sucesso. Convidado a assinar a coluna “Roda viva” no jornal Última Hora, nele permaneceu até 1969 passando no ano seguinte a trabalhar no jornal O Globo e na Rede Globo de Televisão.

Fez durante muito tempo o programa diário Papo Firme e depois o programa semanal Sábado Som. Criador da primeira trilha sonora especial para novelas (Pigmalião 70), foi também produtor de discos da fábrica Philips.

Em 1973 casou com a atriz Marília Pêra, produzindo no ano seguinte a peça Apareceu a Margarida, de Roberto Ataíde, que foi grande sucesso da atriz. Em seguida, escreveu e produziu especialmente para Marília Pêra a peça Feiticeira, cujas músicas são também de sua autoria e de Guto Graça Melo.

Grande incentivador do rock no Brasil produziu o festival Hollywood Rock, no Rio de Janeiro.

Obras: O cantador (c/Dori Caymmi), 1967; De onde vens (c/Dori Caymmi), s.d.; Saveiros (c/Dori Caymmi), 1966.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Francis Hime

Francis Hime

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1939. Foi nesse dia que nasceu Francis Victor Walter Hime. Neto de pianista e filho de pintora, o carioca teria mesmo que ser artista. Tanto que aos seis anos de idade começou a fazer aulas de piano. Com 16 foi pra Suíça, onde estudou música durante quatro anos.

Francis Hime começou a despontar no cenário musical brasileiro na década de 60. Logo de cara, o artista teve um importante parceiro: Vinícius de Moraes. A primeira composição de Francis com o Poetinha foi "Sem Mais Adeus", em 1962. Nessa mesma época, Francis conhecia uma moça muito especial, que anos mais tarde passou a se chamar Olívia Hime.

Música era a sua paixão. Apesar disso, o artista resolveu cursar engenharia. E seguiu assim, dividindo o tempo entre a faculdade e os shows. Participou de festivais, sempre como compositor, tendo como intérpretes de suas músicas Elis Regina (Por um Amor Maior, com Ruy Guerra), MPB-4 (Anunciação, com P. C. Pinheiro), Jair Rodrigues (Samba de Maria, com Vinícius de Moraes).

Nos anos 70 suas parcerias com Chico Buarque o fizeram mais conhecido. São da dupla alguns clássicos da MPB, como Trocando em miúdos, Passaredo, Meu caro amigo, Vai passar, Quadrilha, Atrás da porta e Pivete.

Sempre atual, Francis está presente na carreira de importantes intérpretes brasileiros, de várias gerações.Sob forte influência de música clássica, é reconhecido também como excelente arranjador. Aproveitando os diversos talentos, lançou o primeiro disco individual, em 1973.

Na mesma época atuava ainda em cinema. Aliás, na década de 70, era um dos compositores preferidos dos cineastas brasileiros. Compôs trilhas para diversas produções nacionais, entre elas “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.

Fontes: Francis Hime; Dicionário Cravo Albin da MPB; CliqueMusic.

Luiz Vicentini

Luiz Vicentini

O cantor, compositor e violonista Luiz Vicentini nasceu na cidade de Itajaí – SC em 16/08/1962. Autodidata, aprendeu a tocar violão aos doze anos de idade, em um colégio interno, onde ficou por quatro anos e onde compôs suas primeiras canções. Quando deixou o colégio, no final do ano de 1978, com dezessete anos de idade, participou de vários festivais em sua cidade e região, recebendo destaque por suas composições, conquistando assim sua melhor premiação: a confiança para compor cada vez mais, aprimorando seus versos com histórias cantadas com paixão e cercadas de poesia.

Nas duas décadas posteriores têm contato com os músicos Zé Geraldo, Alceu Valença, Oswaldo Montenegro, Belchior, Zé Ramalho, Fagner e outros dessa geração de grandes compositores. Nestas canções que Vicentini recebe toda a influência musical e encontra sua identidade. Toda sua inspiração vem à tona, num ímpeto de criação musical, compondo canções em vários estilos, buscando o seu caminho.

Em 1999, entre 140 composições de sua autoria, escolhe algumas para gravar seu primeiro CD, "Styllos", (produção independente), o qual tem a música Meu violão e eu, classificada na fase estadual, para o Programa "Novos Talentos", do programa do Faustão (Rede Globo).

Incentivado por inúmeros elogios recebidos por esse primeiro trabalho, reúne treze canções de seu vasto repertório e parte para o segundo CD, também independente, intitulado Um dia a gente se vê.

Em 2000 conhece pessoalmente dois de seus maiores ídolos da MPB: Oswaldo Montenegro e Zé Geraldo, pra quem mostra algumas de suas canções, convidando-os a participarem de seu novo CD, o que de fato acontece, tendo a belíssima interpretação de Oswaldo na canção Que eu ame, e o carisma de Zé Geraldo em Um dia a gente se vê, ambas de autoria de Luiz Vicentini. Este CD também conta com a participação da cantora e compositora Nana Toledo, talento regional, em Sem medo, e o Coral da Fundação Universitária de Blumenau - FURB, em Passarinhos, sob a regência do maestro Eusébio Kohler.

Lançado no ano de 2002 , Um dia a gente se vê contém um clip com Luiz e Zé Geraldo, bem como o making-off da gravação. Neste CD, percebe-se ainda mais sua afinidade e perseverança com as raízes daqueles que o influenciaram, tornando presente em suas canções aquela que seria sua marca mais forte: o conteúdo expressivo de suas letras em melodias simples, traduzindo a vida em seu cotidiano, com o requinte da poesia em sua essência.

Em 2004, lança o DVD do show Um dia a gente se vê, gravado ao vivo no Galpão das Artes, em Itajaí - SC.

No dia 31 de Maio de 2007, no palco do Teatro Carlos Gomes, em Blumenau - SC apresenta para seu público seu mais recente trabalho, intitulado Novas Canções, um CD que reúne quatorze músicas de sua autoria, incluindo duas 'faixas interativas', nas quais participam o exímio guitarrista Jean Trad e a intérprete Nana Toledo. Para valorizar ainda mais esse novo trabalho e deixá-lo mais eclético, é que apresenta também, grandes talentos como Louise Lucena, Renato Borghetti e coral da Univali.

CDs: Styllos (1999); Um dia a gente se vê (2002); Novas Canções (2007).

Músicas cifradas: A saudade, Acredito em ETs, Antes que o sol desapareça, Bicho da paz, Bola sete, Bons tempos, Canções de Raimundo, Côco de Maracatú, Como um punhal, Da semente à raiz, Diamantina brasileira, Essa menina, Eu quero, Fim do mundo, Inspiração, Laços e nós, Lua velha, Luzes de neon, Meu coração, Meu violão e eu, Namoro em prestação, O sapo, Paraíso, Passarinhos, Pode crer, Quando amanhecer, Que eu ame, Se acaso, Sem eira, nem beira, Sem medo, Sinfonia dos bichos, Teu perfume, Tio Duda, Toda vez que canto, Um dia a gente se vê, Vício.

Fonte: Luiz Vicentini - Site Oficial

(Publicação dedicada a todos os fãs deste grande artista itajaiense, em especial a Larissa Carla Coelho pela sugestão).

Beto Guedes

Beto Guedes (Alberto de Castro Guedes), compositor, instrumentista e cantor nasceu em Montes Claros MG em 13/8/1951. É filho de Godofredo Guedes, seresteiro e compositor, que tem músicas gravadas pela cantora portuguesa Eugênia Melo e Castro (a valsa Noite sem luar).

Suas principais influências foram os Beatles, a música regional mineira e os choros que seu pai tocava, de quem inclusive gravou composições. Na adolescência, integrou os grupos The Beevers, ao lado de seus irmãos e de Lô Borges, e Os Brucutus. Sua primeira música gravada foi Feira moderna (com Fernando Brant), participante do V FIC, em 1970, e gravada pelo grupo Som Imaginário.

Ligado ao Clube da Esquina, de Minas Gerais, participou dos discos Clube da esquina e Minas, de Milton Nascimento, além de gravar o LP Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta (EMI, 1973).

Estreou carreira solo em 1977, com um show em que era acompanhado por Flávio Venturini, Vermelho, Hely e Zé Eduardo (o futuro 14 Bis, que também o acompanharia no disco Viagem das mãos, de 1984). No mesmo ano lançou o disco A página do relâmpago elétrico (EMI, 1977).

Seus sucessos incluem Lumiar (com Ronaldo Bastos), 1977; O medo de amar é o medo de ser livre (com Fernando Brant), 1978; e Luz e mistério (com Caetano Veloso), 1978. O medo de amar é o medo de ser livre foi regravada por Elis Regina, O sal da terra por Simone e Canção do Novo Mundo (com Ronaldo Bastos) por Milton Nascimento.

Em dezembro de 1997, a EMI lançou, pela série Portfolio, uma caixa contendo três CDs com capas e encartes que reproduzem os discos originais em vinil: A página do relâmpago elétrico, Amor de índio (1978) e Andaluz (1991).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Capital Inicial

Capital  Inicial

Capital Inicial - Grupo brasiliense formado em 1982 por Dinho (Fernando Ouro Preto, Curitiba PR 1964—), no vocal; Loro Jones (Antônio Marcos Lopes de Sousa, Rio de Janeiro 1961—), na guitarra; Flávio Lemos (Rio de Janeiro 1963—), no contrabaixo; e seu irmão Felipe Lemos (Rio de Janeiro 1962—), na bateria. Os dois últimos vieram do Aborto Elétrico, o primeiro grupo punk de Brasília DF, formado em 1978 e desfeito em 1982.

O grupo adotou o estilo new-wave e fez sucesso já a partir do primeiro disco, um compacto (Epic/CBS, 1984) com as faixas Descendo o rio Nilo e Leve desespero, ambas de autoria do grupo (a segunda incluída na trilha do filme Areias escaldantes, de Francisco de Paula).

Radicados em São Paulo desde 1985 e contratados pela Polydor, gravaram o primeiro LP em 1986, Capital Inicial, incluindo sucessos como Psicopata (Loro, Pedro Pimenta e os irmãos Lemos), Música urbana (Renato Russo, André Pretorius e os irmãos Lemos), Fátima e Veraneio vascaína (ambas de Flávio Lemos e Renato Russo), esta última um protesto contra a violência policial.

Outros sucessos do grupo incluem Mickey Mouse em Moscou (1990). Gravaram ainda três LPs na Polygram, Independência (1987), Você não precisa entender (1988), Todos os lados (1990) e mais Eletricidade (1992, BMG), Rua 47 (1994, QC) e Ao vivo (1996, Rede Brasil).

Em 1992, Dinho foi substituído por Murilo Lima (Murilo Ferreira Lima, Santos SP 1968—), que permaneceu no grupo até o início de 1998.

CD:

O melhor de Capital Inicial, 1994, Polygram 521787-2.

Letras do Capital Inicial:

Descendo o rio Nilo, Fátima, Leve desespero, Psicopata, Veraneio vascaína.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

Capinam

Capinam (José Carlos Capinam) nasceu em Esplanada, Bahia, e é considerado um dos grandes letristas de sua geração, tendo participado ativamente do movimento tropicalista no fim da década de 60. Poeta desde a adolescência, mudou-se para Salvador aos 19 anos, onde iniciou o curso de Direito, na Universidade Federal da Bahia.

Militante fervoroso do CPC da UNE, fez logo amizade com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na época cursando, respectivamente, as faculdades de Filosofia e de Administração de Empresas.

Com o golpe militar, em 1964, é forçado a deixar Salvador e vai morar em São Paulo, onde inicia os primeiros poemas de seu livro de estréia, Inquisitorial. Alguns anos depois, volta à capital baiana, desta vez para fazer Medicina, profissão que chega a exercer por algum tempo.

Paralelamente, intensifica o seu trabalho como poeta e participa do primeiro disco de Gilberto Gil, em 1966, dividindo a parceria na faixa Viramundo. No mesmo ano, sua música Canção para Maria, defendida e composta em parceria com Paulinho da Viola, é um dos destaques do II Festival de Música da Record, obtendo a terceira colocação.

Torna-se um dos mais assediados letristas da época e vence com Edu Lobo o Festival da Record de 1967, com a canção Ponteio. Volta a se aproximar de seus conterrâneos – compõe com Gil o clássico Soy loco por ti, América, e integra o histórico disco Tropicália (68), ao lado de Caetano, Gil, Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e Torquato Neto.

Não diminui o seu ritmo como letrista e segue dividindo parcerias com grandes nomes da música, como Jards Macalé (em Gotham City, vaiadíssima no IV Festival Internacional da Canção de 1969), Fagner (em Como se Fosse) e Geraldo Azevedo (em For All Para Todos).

Em 2000, compôs a ópera Rei Brasil 500 Anos ao lado de Fernando Cerqueira e Paulo Dourado, uma crítica as comemoração dos 500 anos de Descobrimento do Brasil, e dividiu parceria nos novos discos de Tom Zé (em Perisséia) e de Sueli Costa (em Jardim).

Fonte: CliqueMusic.

Carlinhos Vergueiro

Carlinhos Vergueiro (Carlos de Campos Vergueiro), compositor e cantor, nasceu em São Paulo-SP em 27/3/1952. Até os 12 anos estudou piano com o avô, o pianista Guilherme Fontainha; foi também aluno de Osvaldo Lacerda (composição musical) e Tumiko Kavanani (teoria musical). Começou a compor pelos 16 anos, quando já tocava violão.

Em 1972, foi finalista do Festival Universitário, da TV Tupi, com a música Só o tempo dirá, samba gravado em disco compacto no ano seguinte, pela Chantecler. Gravou outro compacto para a Chantecler, ainda em 1973, com as composições Poeta sem versos e Garra (com João Garcia).

Seu primeiro LP, produzido por Fernando Falcón para a Continental, só com músicas suas, foi lançado em 1974, com o título de Brecha, com destaque para Vendaval, Lucidez e a faixa-título. Em fevereiro do ano seguinte venceu o Festival Abertura, promovido pela Rede Globo de Televisão, com sua composição Como um ladrão, gravada em seu segundo LP, pela Continental, em 1975, do qual também faziam parte Se cuide e Como dói.

Fez parcerias também com Artur Gebara, Toquinho e Flavinho Pacheco. Lançou os LPs Carlinhos Vergueiro (1976), pela Odeon, Na ponta da língua (1980), pela Ariola, Felicidade (1983), pela Som Livre, e Carlinhos Vergueiro e convidados (1988), pela Idéia Livre, entre outros.

Foi também produtor de discos nos anos 80. Participou do show do SESC Raros e inéditos (1995) junto com Zizi Possi, Ney Matogrosso etc., depois transformado em CD.

Obras: Brecha, 1974; Camisa molhada (c/Toquinho), 1977; Como um ladrão, 1975; Garra (c/João Garcia), samba, 1973; Lucidez, 1974; Poeta sem versos (c/João Garcia), samba, 1973; Por que será? (c/Vinicius de Moraes e Toquinho), 1980; Torresmo à milanesa (c/Adoniran Barbosa), 1980; Vendaval, 1974.

CD: Carlinhos Vergueiro e convidados, 1995, Saci 8020.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora / PubliFolha.